Neste mês de Junho, fui convidado pela Revista US ESPECIAL SAÚDE para dar uma entrevista sobre um assunto que se tornou atemporal, porém, nos dias atuais está em alta na mídia em geral e dentro de consultórios por todo o mundo. Vale a pena a leitura na íntegra, onde abordei detalhes importantes sobre o EXPLANTE DE PRÓTESE MAMÁRIAS. Confira:

Retirada do silicone vira tendência? A cirurgia de aumento das mamas difundiu-se rapidamente na busca por um padrão de beleza. Ao longo dos anos, o implante mamário
evoluiu até sua geração atual trazendo muita qualidade nos resultados estéticos ou reconstrutores e, sobretudo, segurança aos seus usuários. Contudo, eventualmente surpresas acontecem e merecem atenção. Uma delas é a Síndrome Ásia (Síndrome Autoimune/Inflamatória Induzida por Adjuvantes) que foi descrita pela primeira vez em 2011 não sendo relacionada às próteses de mama. “Esta síndrome, ainda não tem comprovação científica, por isso existem trabalhos científicos em andamento, são auto-relatos de pacientes que após a colocação da prótese de silicone, normalmente anos após, revelam sintomas como dor de cabeça, cansaço, dores articulares e no corpo, queda de cabelo, distúrbios do sono e outros. E é aí que entra a indicação para o explante mamário, que em quase sua totalidade é uma indicação da própria paciente por acreditar que está com a suposta Síndrome ÁSIA,” diz Eduardo Zucchi (CRM-SP: 99.676/ RQE 24.925), especialista em cirurgia plástica e membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Explante de silicone
O explante de silicone é uma cirurgia para retirada das próteses. Na quase totalidade, os procedimentos aconteceram em decorrência de um desejo pessoal da paciente em função dos próprios auto-relatos de sintomas. “O explante é realizado em centro cirúrgico sob anestesia geral. Na maioria dos casos precisamos realizar uma mastopexia para reposicionar os excessos de pele e tecido mamário e, às vezes,

um enxerto de gordura. Após a retirada das próteses, as mamas ficam bem menores e, dependendo de cada paciente (quantidade de tecido mamário existente), podem ficar quase inexistentes”, diz Zucchi. O cirurgião plástico ainda reforça que em relação às mamas a busca da mulher é sempre tê-las sem queda (ptose), mais consistentes e com tamanho adequado para cada paciente. “Nestes casos, a prótese tem um papel fundamental para proporcionar este resultado. ” Quando? Mas como saber quando é preciso trocar a prótese de silicone? De acordo com cirurgião plástico, é indicada a troca quando a prótese fica mais endurecida, palpável e até pode causar dor, processo conhecido por contratura capsular e também chamado de encapsulamento pelos pacientes. O médico ainda esclarece que os problemas causados pelo silicone ainda são considerados exceção. “Os implantes mamários têm sido utilizados por mais de 60 anos em todo mundo e são os implantes médicos mais utilizados e estudados, sem relação direta com problemas causados por eles até os dias atuais.” “Em relação ao explante em si, este acontece em decorrência de um desejo daquelas pacientes que, após a colocação (meses ou anos),
relataram alguns sintomas de cansaço, depressão, queda de cabelo, dores articulares e outros também conhecidos como BLL (Breast Implant Ilness) ou chamado doença do silicone. O número de procedimentos tem aumentado, pois era um método com uma mínima incidência (quase inexistente) e que apareceu nos últimos anos”, esclarece.

Fonte: Revista US, Edição Especial Saúde, páginas 34 e 35.

Até o próximo artigo!
Abraços,
Dr. Eduardo Zucchi